Falar em desafios de qualquer setor do mercado, nos dias de hoje, sempre passa por questões de tecnologia, gestão de processos e pessoas e a tão proclamada Indústria 4.0.
Os pilares dessa nova revolução envolvem tecnologia e inovação em todos os graus, por meio de Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT) biotecnologia, Business Intelligence e outros.
No âmbito humano, isso vem trazendo a necessidade de readaptação, novos aprendizados e novas mentalidades.
No que se refere à mão de obra na construção civil, não poderia ser diferente. E mais: a adaptação se faz urgente, uma vez que o setor ainda figura como um dos menos digitalizados do mercado. Por isso, trazemos à tona os maiores desafios relacionados à mão de obra, seja os de antes ou os atuais. Confira:
Falta de especialização e qualificação da mão de obra
Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que 74% das empresas do setor apresentam dificuldades em contratar mão de obra com a qualificação que necessitam. Ao mesmo tempo, é o setor que mais gera empregos no país.
As lacunas na formação dos profissionais vão desde colaboradores com pouca escolaridade até cargos mais altos, mas que carecem de atualização para lidar com novas tecnologias ou de domínio de idiomas estrangeiros.
A demanda por profissionais capacitados vem levantando a necessidade de investir na formação de seus colaboradores. Como solução, as próprias empresas vêm fazendo parcerias com instituições de ensino e universidades.
Automação de Processos
Automatizar processos é algo positivo, desejável e definitivo dentro da construção civil. Inserir novos procedimentos, ferramentas e tecnologias se traduz em produtividade, economia e até mesmo em mais segurança.
É preciso então que exista mão de obra preparada para lidar com esta nova realidade. Por isso o setor da construção civil, que utiliza a terceirização em grandes escalas, deve ter em mente a importância do treinamento para sua equipe.
Neste cenário, é fundamental colocar na balança os riscos de economizar na contratação de mão de obra versus a possibilidade de investir na formação de uma equipe de trabalho que garanta qualidade e domínio de processos automatizados.
Falta de diversidade e desigualdade
A construção civil ainda é vista essencialmente como um setor profissional masculino. Apesar da presença feminina vir aumentando significativamente, ainda não há um equilíbrio.
As mulheres vêm conquistando bastante espaço no setor. Nos últimos 10 anos, a presença delas aumentou em 50% e chegando ao número de 200 mil trabalhadoras. As funções nas quais elas mais atuam são: azulejistas, pintoras, ceramistas, eletricistas e pedreiras.
Ainda é reduzido o número de mulheres em cargos de gestão e a equiparação salarial na área da engenharia ainda é desequilibrada: uma engenheira recebe salários até 19% menores do que os engenheiros.
Mudanças de cultura das Empresas
Um dos maiores investimentos que uma empresa deve apostar, de modo geral, é na sua cultura. O coração do empreendimento é baseado nos seus valores, propósitos e princípios. Revisitar esses nortes sempre é necessário para gerar novos insights e soluções atuais.
A cultura precisa ser trabalhada com a equipe, bem como a gestão de marcas junto aos colaboradores (employer branding). Contudo, esse engajamento entre time e empresa só vai acontecer se os valores fizerem sentido e estiverem alinhados entre ambas as partes.
Novas gerações estão chegando ao mercado, novos contextos estão impactando os anseios dos times que compõem a mão de obra. É preciso entender que hoje as pessoas querem ter remuneração justa e aderente ao mercado, mas desejam mais. Querem trabalhar com algo que traga realização, proponha desafios, crescimento e de alguma forma contribua para a sociedade.
A dinâmica do mundo contemporâneo pede olhos atentos, muito dinamismo e flexibilidade para encarar esses e vários outros desafios que a Indústria 4.0 vem trazendo.
Sua empresa está pronta para enfrentá-los? Conte pra gente nos comentários!