As startups do setor da construção civil já são uma realidade. Conhecidas como construtechs, estas empresas se caracterizam pelo uso da tecnologia, de modelos escaláveis de negócios e buscam soluções focadas em inovação e processos ágeis.
Já contamos aqui no blog que o setor da construção civil é um dos menos digitalizados, apesar de responder por aproximadamente 10% do PIB.
Por isso as construtechs trazem ao cenário atual excelentes perspectivas para mineradoras, indústrias, empreiteiras, imobiliárias, profissionais da engenharia e arquitetura a todos os agentes da cadeia de produção da construção civil.
Quer saber como é que estas startups estão revolucionando o setor e movimentando altos investimentos? É só continuar a leitura:
O que as construtechs estão trazendo como novidades?
A resposta está na tecnologia e na inovação em todos os setores, desde o canteiro de obras até os processos de gestão.
Impressoras 3D, drones, fotos e vídeos 360 graus, realidade virtual e aumentada, operações remotas de maquinários são alguns exemplos de ferramentas que trazem impacto extremamente positivo nos resultados.
As vantagens são inúmeras e vão desde ter dados disponíveis para decisões mais assertivas e em tempo real, passando por diminuição de riscos de acidentes de trabalho até a redução de custos, prazos e geração de resíduos – ganhando na qualidade e em gestão inteligente.
Considerando todas essas novidades, absorver essas novas formas de trabalho certamente impacta ainda a cultura das empresas e demanda que as equipes se preparem para lidar com os novos cenários.
Conheça alguns tipos de construtechs
Segundo a Construtech Ventures (primeiro Venture Builder do mundo focado em startups do setor de construção e imobiliário), podemos entender as categorias de construtechs levando em conta seu nicho de atuação:
- Construtechs ou Contechs: termo utilizado nos EUA, refere-se às startups focadas em soluções para o canteiro de obras;
- Proptechs: são as startups voltadas para soluções relacionadas à propriedades;
- Greentechs: propostas tecnológicas que fomentam inovação e tecnologia com sustentabilidade ambiental;
- Infratechs: atuam no setor de infraestrutura pesada.
Perspectivas mundiais para o setor
Segundo uma pesquisa do McKinsey Global Institute, até 2030 será preciso um investimento de cerca de US$ 57 trilhões na construção civil, para acompanhar o crescimento global do PIB.
Isso significa uma forte demanda e um grande incentivo para que o setor invista em soluções inovadoras e para que a entrega dos projetos atinja máxima eficácia, de forma enxuta a eficiente.
Para se ter uma ideia, somente nos Estado Unidos, já se investiu mais de US$ 1 bilhão em construtechs. Hoje, dentre as empresas de construção norte americanas:
- 34% já estão usando drones nas suas construções;
- 19,7% utiliza fotos e vídeos 360 graus;
- 19,9% usam modularização ou pré fabricação em suas obras.
O cenário brasileiro
O Brasil vem acompanhando o crescimento do setor mundial com ótimas perspectivas: já foram mapeadas 250 construtechs brasileiras.
Segundo um levantamento feito pela Construtech Ventures, os investimentos feitos nessas startups já somam mais de R$250 milhões.
O setor vem ganhando cada vez mais confiança e atraindo a atenção até mesmo de gigantes como a Andrade Gutierrez.
O fato de ser uma empresa fundada em 1948 não quer dizer que ela não está conectada ao novo cenário: há poucos anos lançaram um programa de inovação com o objetivo de se aproximar mais do mundo das startups.
O desejo é fomentar tanto interna como externamente a cultura da inovação e tecnologia.
A revolução do setor da construção já está acontecendo: é preciso fazer parte do movimento, absorver as novas formas de trabalhar e, principalmente, entender as mudanças de mindset que o momento pede!
E você, está pronto para a revolução das construtechs? Compartilha nas suas redes sociais para difundir o conhecimento extremamente necessário sobre o tema, até a próxima!